Uma estranha entrevista com o Diabo
- Ezequias Silva
- 8 de set. de 2019
- 2 min de leitura

Vamos analisar brevemente esta estranha entrevista que você está prestes a ler. Alguns irão perguntar: "Você entrevistou o Diabo ou trata-se de um diabo imaginário?"
Responderei da única maneira possível: o diabo que entrevistei poder ser real como ele dizia ser ou pode ser obra da minha imaginação. Pouco importa. A pergunta realmente importante é: a entrevista contém informação útil? Caso contenha, não importa se é fato ou ficção. Pergunta - Descobri o código secreto pelo qual obtive acesso a seus pensamentos. Vou fazer perguntas simples. Exigo respostas diretas e verdadeiras. Está pronto para a entrevista, Sr. Diabo? Reposta - Sim, estou pronto. Mas você se dirigirá a mim somente como Vossa Majestade. P - Com que direito você exige tal tratamento? R - Você deve saber que controlo 98% das pessoas do seu mundo. Não acha que isso é motivo suficiente para me conferir um título de realeza? P - Comece me contando onde mora e descreva a sua aparência física. R - Aparência física? Não tenho um corpo físico. Não sou uma besta com um garfo e um rabo pontudo. Consisto em energia negativa. Ocupo metade de cada átomo da matéria física e cada unidade de energia mental e física. P - Se Vossa Majestade ocupa somente metade do energia e da matéria, quem ocupa a outra metade? R - A outra metade é ocupada pela minha oposição, o que vocês chamam de Deus. Represento o lado negativo de tudo, incluindo os pensamentos negativos de vocês, humanos. Minha oposição controla o aspecto positivo.
P - Vossa Majestade deve dispor de muitas ferramentas para acessar a mente humana. Descreva-as.
R - Um dos meus instrumentos mais astutos é o medo. Planto sementes de medo, que crescem com pensamentos negativos. Os seis medos mais efetivos são o medo da pobreza, da crítica, da perda da saúde, da perda do amor, da velhice e da morte.
P - Conte mais sobre o mundo em que habita.
R - Tempo e espaço não existem para mim. Sou energia. Meu lugar favorito é a mente das pessoas. A quantidade de espaço que ocupo na mente depende do tipo de pensamento do indivíduo.
P - E quanto a sua ocupação?
R - Meu oponente controla todas as forças positivas do mundo, como o amor, a fé, a esperança e o otimismo, e de todas as leis naturais do universo. Entretanto, essas forças são ínfimas em comparação às que operam na mente humana sob o meu controle. Não tenho intenção de controlar estrelas e planetas. Prefiro controlar mentes humanas.
P - Como Vossa Majestade adquiriu força e de que maneira a mantém?
R - Me apropriando do poder da mente dos humanos. Minha maior arma é a pobreza. A pobreza tira dos homens a capacidade de pensar e os torna uma presa fácil para mim. Outra grande arma é a doença. Um corpo doente desencoraja o pensamento.
+ Esperto que o Diabo - Napoleon Hill
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